Tecnologia Educativa ou Tecnologias na Educação: do modelo à avaliação
Formar em quê e para quê? Algumas perguntas para nenhuma resposta.

Henrique Santos
Educador de Infância
Associação de Profissionais de Educação de Infância- Portugal
Docente da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich
Mestrando do Mestrado de Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação

Exmos. senhores e senhoras, caros e caras colegas, caros amigos e amigas

Gostaria de vos propor, ao longo deste tempo que disponho para vos maçar um pouco, a reflexão de algumas ideias e opiniões, fruto de alguma investigação e observação que tenho vindo a desenvolver, de forma a lançar mais algumas “ideias” sobre a pertinência e a necessidade de formar para uma nova dinâmica educativa.

Um novo Paradigma

A chamada Sociedade de Informação implica (e implicará cada vez mais) uma nova postura por parte das pessoas.

Como por mais de uma vez se ouviu, não dominar as novas tecnologias da informação equivalerá, na prática a um novo tipo de analfabetismo.

O ser humano terá de ser capaz de fazer inflectir o rumo das transformações no sentido mais favorável ao seu desenvolvimento. Para tal, terá de possuir uma grande capacidade de adaptação, um espírito aberto e atento e ser capaz de integrar informação oriunda das mais diferentes origens.

Neste sentido, as novas gerações deverão ser formadas no espírito de coesão e de responsabilidade social. As crianças precisam de ter oportunidades para desenvolverem os seus impulsos e interesses mas precisam também de saber respeitar o outro, conviver, colaborar e trabalhar em grupo.

Daí que é fundamental que perante uma imensa oferta de fontes de informação, de caminhos possíveis e de ritmos personalizados de aprendizagem, o papel do professor/profissional de educação assuma um protagonismo acrescido.

Deve então ser avaliado como podem os professores tirar partido destas ferramentas tão largamente divulgadas no quotidiano. De facto, esta é a melhor época possível para se ser educador, mas, a democratização do acesso à informação implica um novo tipo de aprendizagem, logo, um novo tipo de ensino.

Este novo modelo, ou paradigma de ensino/aprendizagem, releva a vertente sócio-emocional das aprendizagens, o lado humano do binómio ensino/aprendizagem.

Alta tecnologia pede calor humano

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Os educadores têm de ser formados no domínio das tecnologias de informação e comunicação para que estas sejam úteis na realização desta “nova” escola. Por outras palavras, os professores têm de ter o domínio das tecnologias de informação e comunicação para as usarem em proveito dos seus alunos.

Contudo, o desenvolvimento do uso das TIC pressupõe vários níveis de formação:

Os educadores têm um papel determinante na formação de atitudes, positivas e negativas, face ao processo de ensino-aprendizagem. Os educadores devem despertar a curiosidade, desenvolver a autonomia, estimular o rigor intelectual e criar as condições necessárias para o sucesso da educação formal e da formação ao longo da vida. Nesta perspectiva, o educador deve adequar-se a um novo estatuto, onde será sempre mais importante a capacidade da criança pensar e expressar claramente as suas ideias, solucionar problemas e tomar decisões em vez da memorização de factos ou da repetição de respostas certas.

Mas como fazê-lo então?

Com o desenvolvimento destes novos meios de difusão, a informação deixou de ser predominantemente veiculada pelo professor na escola, mas a informação não é necessariamente conhecimento e o aluno continua a necessitar da orientação de alguém que já trabalhou ou tem condições para trabalhar essa informação.

Mas como todos nós defendemos, nada pode substituir a riqueza do diálogo pedagógico.

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Apesar das tecnologias de informação e comunicação multiplicarem as possibilidades de pesquisa de informação e os equipamentos interactivos e multimédia colocarem à disposição dos alunos um manancial inesgotável de informações, é ao educador que cabe continuar a transmitir os modelos sociais admissíveis.

Para habilitar o professor a assumir este novo papel é indispensável que a formação lhes confira um verdadeiro domínio destes novos instrumentos pedagógicos. Tem vindo a ser demonstrado que a tecnologia mais avançada não tem qualquer utilidade para o meio educativo se o ensino não estiver adaptado à sua utilização.

Há pois que elaborar conteúdos programáticos que façam com que estas tecnologias se tornem verdadeiros instrumentos de ensino. Tal facto terá de pressupor, pela parte dos professores, vontade de questionar as suas práticas pedagógicas. E esta ideia tem de ser fundamental.

Além disso, estes devem ser sensíveis também às modificações profundas que estas novas tecnologias provocam nos processos cognitivos. Já não basta que os professores se limitem a transmitir conhecimentos aos alunos, têm também de os ensinar a pesquisar e a relacionar entre si diversas informações.

Para esta integração ter sucesso, tem de haver uma base decisiva para o trabalho nessa área. Esta base tem a ver com o desenvolvimento de competências pessoais ou individuais em todos os agentes que participam nesta área, ao mesmo tempo que tem de permitir a criação de um conjunto de ambientes organizacionais favoráveis à integração das tecnologias de informação e do conhecimento. Este passo será dado com a integração curricular e a integração das tecnologias de informação e da comunicação em novos modelos organizacionais que partem das áreas de conteúdo existentes.

Mas, se se pretende que a escola sirva o propósito de democratizar o acesso às inovações tecnológicas relacionadas com a informação e as comunicações, por parte das crianças e jovens oriundos de famílias com estatutos socioeconómicos muito diferenciados, também se entende dever introduzir na escola um princípio de autonomia acrescida dos estudantes em relação às fontes do saber: não apenas aquele que é adquirido nas aulas, através do professor, mas também o proveniente de muitas origens, tanto do país como do estrangeiro e ainda, procurar conferir a todos os alunos a familiaridade de utilização das novas tecnologias e a proficiência nas operações de processamento de informação e de comunicação que elas viabilizam.

E a este respeito, não deveríamos nós reflectir sobre a motivação natural que algumas crianças trazem para a escola e que esbarram na indiferença, ou porque não dizer ignorância, com que as recebemos?

A imagem do professor como a pessoa que corresponde a um papel, ou seja, encarregado de educar/ensinar, de formar, de orientar, apesar de constantemente presente na literatura, continua ambivalente. O professor encerra em si as características da sua personalidade individual, as competências (de ordem diversa) e os estilos de ensinar.

Uma análise ao processo de ensino/aprendizagem mostrar-nos-á que o professor é um elemento do sistema que vive relações interpessoais e que vive uma relação com o contexto. Nesse sentido, é, no seio da relação pedagógica, que se identificarão os critérios de eficácia do educador e é no concreto das situações que se encontrarão os sinais particulares, ou seja, os comportamentos que pertencem às diversas categorias de variáveis significativas ou pertinentes a partir das quais se pode proceder a uma verdadeira avaliação.

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Se considerarmos que a tentativa de responder aos novos desafios da Escola, entendidos nesta comunicação como um conjunto de necessidades com um objectivo e um fio condutor, capazes de mobilizar e envolver os alunos por períodos mais ou menos prolongados, que levam os professores a desenvolverem projectos inovadores e progressivos com recurso às tecnologias da informação e da comunicação, interessar-nos-á conhecer o conhecimento dos mesmos em relação a estes “novos” instrumentos.

Como “conhecimentos” entenderíamos o conjunto de informação (sobre os modelos educativos existentes, linguagens diversas, instrumentos tecnológicos, etc.), os conteúdos que se pretendem transmitir e o conhecimento dos sujeitos a educar, com especial relevância para aquilo que esses mesmos sujeitos trazem consigo.

Será também de primordial importância contextualizar as capacidades e competências do professor, nomeadamente a sua capacidade para avaliar as situações educativas, a capacidade para planificar a acção e posterior aplicação dos conhecimentos teóricos adequados e a sua capacidade para pôr em acção um plano, avaliando a sua progressão e reajustando trajectórias.

Os professores, em geral, têm vindo a desenvolver, nos últimos anos, de forma concertada ou com características individuais, projectos inovadores que visam uma adequação da cultura social à escola, ou vice-versa.

Apesar desta crescente integração e utilização das tecnologias da informação e da comunicação, o que é facto é que, se tentarmos compreender o fundamento das suas escolhas, ou se lhes solicitarmos uma comunicação sobre essa experiência (como foi tratado o tema, qual o papel que as ferramentas tecnológicas tiveram no desenvolvimento da experiência, ou a forma como os alunos se organizaram nesse trabalho), será difícil encontrar os elementos apresentados de uma forma estruturada.

Importa então evoluir para um registo destas experiências profissionais mais estruturado e com características científicas que o relevem e que possam constituir um enorme potencial de material pedagógico e didáctico que, para além de valorizar o papel dos actores nesse processo, pode permitir ainda uma reflexão (individual e colectiva) sobre a prática; ajudar a encontrar os nossos próprios exemplos de ‘boa-prática’ e partilhar ideias com outros professores que queiram iniciar projectos semelhantes.

Neste sentido, poderemos afirmar que o perfil do professor no contexto das TIC, ou de uma forma mais abrangente, no contexto da Sociedade da Informação, deverá obedecer a atitudes e competências específicas.

Que perfil para os docentes?

ATITUDES               

Abertura à inovação tecnológica

Aceitação da tecnologia

Capacidade de adaptação/mudança do papel do professor

Ensino centrado no aluno, aberto à participação do aluno

Professor como mediador e facilitador da comunicação

COMPETÊNCIAS  

Ensino em geral 

Metodologias de ensino com as TIC

Planeamento de aulas com as TIC

Integração dos media

Monitorização/avaliação

Avaliação de conteúdos TIC

Questões de segurança, de ética e legais na utilização das TIC

Ensino da disciplina         

Actualização científica

Investigação

Avaliação de recursos

Integração na comunidade científica

Ligação a possíveis parceiros

Utilização de materiais noutras línguas

Participação em newsgroups

Competências TIC             

Actualização de conhecimentos em TIC/plataformas e ferramentas TIC

Familiarização com ferramentas que sirvam para:

Comunicar

Colaborar

Pesquisar

Explorar

Coligir dados

Processar dados

Armazenar dados

Expandir conhecimentos

Integrar ferramentas

No âmbito do Projecto europeu “Profiles in ICT for Teacher Education” (disponível em www.tdec.pt/pictte), onde estiveram envolvidos parceiros de vários países europeus, incluindo Portugal, foi definido um conjunto de princípios globais sobre os quais deve ser construído o âmbito da formação inicial e

Contínua dos professores (ver quadro).

Deste Projecto foram também extraídas algumas conclusões sobre a capacitação técnica dos profissionais de educação, que foram posteriormente apresentadas no âmbito do relatório The European Union and the Information Society, 2002.

A fim de gerir e promover a inovação, o relatório insiste no esforço de prosseguir a investigação e, nomeadamente, organizar reflexões sobre o ensino do futuro. É igualmente recomendado, entre outros aspectos, que se privilegiem as competências linguísticas, a utilização pedagógica das TIC e a cooperação europeia, de forma a promover uma visão e acções concertadas que permitam criar progressivamente um espaço virtual educativo europeu.

Nas suas recomendações de acções prioritárias, o relatório sublinha primeiro a necessidade de valorizar um capital de conhecimentos em actualização constante. Para tal são necessários três tipos de acções transversais: uma observação permanente das práticas, o que obriga, ao desenvolvimento de indicadores fiáveis e de mecanismos de recolha e de análise eficientes, a partilha de experiências, o que passa nomeadamente pela criação de definição de critérios de qualidade e a partilha de cenários prospectivos a fim de esclarecer e informar as instâncias de decisão sobre as perspectivas oferecidas bem como guiar a sua reflexão estratégica.

Vamos agora à formação...

Diz Papert que “a melhor aprendizagem é a que se compreende e dá prazer. As crianças adoram aprender até quando são ensinadas com uma lógica diferente. Na verdade, acredito que toda a gente, especialmente as crianças, gosta sempre de aprender.” (1998, p. 39).

O contexto, as interacções entre alunos e professores, o tipo de situações a que os alunos são expostos ou criam, podem constituir os aspectos determinantes no processo de aprendizagem que, dessa forma, podem contribuir para as recriar, permitindo uma abordagem de outros desafios intelectuais que dificilmente seriam criados.

Nesta perspectiva, o aluno deve ser desafiado e estar permanentemente na situação de construtor, de explorador e de investigador.

Se considerarmos que a Aprendizagem se situa entre uma intenção de adquirir e uma aquisição efectiva dos saberes mais diversos e que se faz através de uma escolha de objectivos e de uma escolha de situações, cuja natureza e ordem dependem daquele que teve a iniciativa da formação, teríamos, como ponto de partida, uma solicitação do meio ambiente que encontra um acolhimento favorável naquele que o vai concretizar.

Quando a aprendizagem é imposta por alguém ou proposta como um desafio, o interessado pode querer, ou não, aceitar o desafio e obter, ou não, a consideração daquele que propôs a obrigação ou o desafio.

Mas, no que respeita à formação de Educadores, não podemos esquecer-nos dos fundamentos essenciais da aprendizagem nos adultos:

· Os adultos motivam-se para aprender se experimentarem necessidades;

· A aprendizagem do adulto está orientada para a vida prática;

· A experiência é o recurso mais rico para a aprendizagem do adulto;

· Os adultos necessitam de autonomia;

· Existem diferentes estilos, tempos, ritmos de aprendizagem nos adultos.

As situações de aprendizagem originam tarefas, como ler, escutar e exercitar-se, que supõem a prática de funções como a apreensão dos dados, o seu tratamento ou elaboração e a sua memorização ou expressão.

Criando situações que permitem, a um dado momento, praticar o comportamento que desejamos construir e retirando, dessa prática, ensinamentos para o desenvolvimento desse comportamento podemos potenciar os momentos de aprendizagem sem estarmos dependentes duma inserção plástica e forçada das TIC em ambiente escolar.

Sabemos que os indivíduos armazenam e organizam o conhecimento na memória em função de estruturas ou esquemas e que o conhecimento prévio sobre qualquer assunto e os esquemas de uma pessoa determinam aquilo que pode ser aprendido, logo, a nova informação, para ser significativa, tem de se encontrar estruturada, de forma a activar um esquema já existente.

Quantos de nós não usam cartões multibanco ou não fazemos compras em modernos hipermercados nos quais os produtos por nós escolhidos são repostos automaticamente nos stock’s, através de sistemas informáticos elaborados?

E quantos de nós descuramos a utilização do Game Boy ou dos telemóveis como instrumentos potencialmente didácticos e pedagógicos?

Que modelo de formação para os educadores?

Na verdade, as TIC são peças chave na criação de ambientes de aprendizagem motivadores e construtores do ser humano. As crianças aprendem melhor se tiverem tarefas, desafios, ou problemas, sem que as respostas sejam óbvias ou demasiado simples. Neste sentido, as tecnologias da informação e de comunicação são uma ferramenta integradora de vários saberes, capazes de proporcionar ambientes enriquecedores e facilitadores de aprendizagem.

Voltando aos Game Boys, e porque este é um espaço de reflexão polémico, quantos de nós já imaginaram organizar um “campeonato” de Game Boys na Escola? Será que não pode ser considerado um instrumento pedagógico?

De uma forma simples, desde o desenvolvimento da motricidade fina à compreensão de processos estratégicos elaborados, cabe lá tudo.

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Qualquer educador que pretenda integrar novos instrumentos ou técnicas na sala de aula sabe que tem de percorrer um processo de preparação consentâneo com a sua própria experiência como utilizador dessas mesmas tecnologias. Não basta querer utilizar as TIC na sala de aula só porque é moderno ou porque ajuda muito. É necessário ter consciência da utilidade destes ou de qualquer outro instrumento na sala de aula.

O educador, antes de utilizar as TIC deve fazer um levantamento profundo das problemáticas nas quais esse instrumento de trabalho pode dar uma contribuição importante. Os instrumentos tecnológicos devem entrar no fim de um processo de análise crítica dos problemas pedagógicos em vez de ser uma solução a priori sem que haja um levantamento do problema.

Como diria o Professor Zabalza, “às vezes é preferível uma vaca na sala de aula....”

Por todas estas razões anteriormente apontadas, o educador que queira utilizar as chamadas “novas tecnologias” na sala de aula deve adequar a sua atitude aos novos requisitos pedagógicos, ou seja, o educador consciente da sua nova responsabilidade deve funcionar como um elemento promotor do desenvolvimento pessoal do aluno, tornando-o uma pessoa crítica e activa perante a sociedade, fomentando o desenvolvimento de uma consciência de cidadania.

Esta missão do educador só é possível se o próprio educador admitir a sua necessidade de formação pessoal bem como definir o seu espaço de intervenção. Tal como cada aluno que se sente motivado a aprender a utilizar novos instrumentos, a experimentar novos "cantinhos" também o educador deve sentir-se atraído por novos desafios, e, acima de tudo, deve sentir-se seguro na sua "insegurança" pela novidade.

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Daí, a necessidade do educador ocasionar novas e diferentes actividades de aprendizagem que motivem o aluno e, sobretudo, que integrem conhecimentos “extra-curriculares”, muitas vezes mais interessantes para os alunos e mesmo para as famílias.

Nesse sentido, é de primordial importância que os Educadores compreendam como é que os instrumentos tecnológicos (computadores, telemóveis, jogos electrónicos, software, etc.) os podem ajudar a criar desafios pedagógico-didácticos, ou seja, mais do que conhecer, por dentro, o motor de um automóvel, é preciso é saber conduzi-lo, e bem.

Por outro lado, mais do que os educadores, são os alunos que estão sempre actualizados no que concerne às novas tecnologias, aos novos sistemas e às novas actividades propostas palas "máquinas", eles são, por assim dizer, o garante da actualidade e da adequação do computador na sala de aula.

Mas para os educadores, é importante um passo ainda mais inovador: é necessário começar a usar o computador nas actividades escolares de forma consistente e regular, mesmo que o domínio do novo instrumento de trabalho seja ainda incipiente ou mesmo deficiente.

Mas como apelar a esta necessidade aquando reflectimos Formação de Educadores? Neste caso concreto, como em outros, a partilha com os alunos é, cada vez mais, um espaço óptimo de aprendizagem.

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É neste ponto que mais uma vez podemos observar a mutação do paradigma da educação, exteriorizando do Jardim de Infância para a Universidade: o Formador de Educadores já não é o dono do conhecimento e mais do que "passar" matéria, o Formador de Educadores deve fomentar um espírito crítico, assim como desencadear processos de autonomização e cidadania nos seus alunos. Quem não tem presente a ideia de professores universitários a apresentar trabalhos a alunos com recurso a esquemas de apresentação antiquados (acetatos, ou “fotocópias”, por exemplo) ou outros que nem sequer possuem ainda um endereço de correio electrónico?

A exigência do desenvolvimento profissional permanente do educador passa então a ser indissociável da sua carreira: tal como os seus alunos, o educador tem o dever de estar sempre a aprender, mas é essencial que quer os educadores quer os decisores (políticos e administração) sintam como obrigatória esta necessidade de mudança e, consequentemente, de formação.

Se a investigação nos mostra com cada vez maior pormenor que a relação pedagógica entre alunos e professores é cada vez mais dependente da partilha e da orientação, porque será que, na formação contínua, e mesmo na inicial, continuam, alguns estudos, a mostrar-nos que, ao nível da formação de professores não existem ainda muitos modelos de colaboração e partilha, ou mesmo modelos de participação activa com os formandos a experimentarem as suas próprias necessidades e inseguranças e com a possibilidade de serem assessorados por técnicos (docentes) devidamente preparados e conscientes do seu importantíssimo papel?

Muito Obrigado!

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